segunda-feira, 26 de julho de 2010

Velha, mas já?

Sempre que eu vejo essas coisinhas modernas de hoje em dia, das quais maioria eu sinto vontade de ter e outras vejo como são completamente inúteis, percebi que essa modernidade se constrói e se rompe muito rápido, nós acabamos fazendo com que as nossas vidas girem a favor delas do que elas pra nossas.
Quando eu tinha uns 7 anos lembro do meu pai usando aqueles celulares tijolões, de que eu não podia atender qualquer tipo de ligação, senão a gente tinha que pagar ( e bem caro) por ela, de que existia tocador de fita ainda, de que a gente via os filmes em VHS, de que não podíamos tirar fotos de qualquer coisa, e quando tirávamos tinha que esperar séculos pela a revelação do filme, de que o cinema tinha pausa na metade do filme de 15 minutos para irmos ao banheiro ou comprar mais pipoca, de que a internet era discada, de uma lentidão máxima, e tínhamos que ensinar nossos avós a mexerem no computador. E isso tudo não me fazia babar por eles, eu costumava passar maior parte das minhas tardes na garagem com os meus amiguinhos de prédio, brincando de tudo que eu podia e só voltando pra casa na hora do jantar.
Eu tenho 18 atualmente.. e em 11 anos e essa evolução tecnológica se tornou algo bizarro, primeiro vieram os celulares móveis já menores, de luz amarela e com o joguinho da cobrinha, depois a TV de tela de plasma, o tocador de CD, o DVD e depois o mp3, o computador quando passou a ter cor preta (AQUILO ERA O MÁXIMO!), a internet que agora tinha uma super velocidade, a webcam, o ICQ, depois o MSN, o cachorro eletrônico, depois vieram as TVS de LED que hoje em dia já são High Definition, o Blue-ray, depois o cinema 3D e agora o Imax, video-games em 3D também, o Ipod e Iphone com suas câmeras de grande resolução para ligar pra alguém e vê-la em tempo real, os Ebook's, a máquina digital e o celular com todos os MP's possíveis e que tão se tornando cada dia menores.
NOSSA! Isso em ONZE anos! O que antes demorou, pelo menos, 30 para TV existir e depois ficar colorida. Eu tenho medo de toda essa revolução científica, do que vão nos forçar a ter cada vez mais, coisas que nunca foram importantes mas no futuro serão N-E-C-E-S-S-Á-R-I-A-S com todas as letras, acentos e hífens. Tudo bem, todo mundo sonha em ter a vida dos Jetsons, mas não é demais exigir que consumimos isso nesse tempo limitado?
Não sei se estou sendo muito crítica, e idiota por falar isso tudo, porque afinal eu sou uma consumidora nata também.. mas fico triste ao ver aonde a sociedade tá indo, e eu afundando junto com ela.
Pare pra pensar, só vai levar alguns segundos, e veja se é realmente necessário termos tudo isso?
Já dizia Dalai Lama - "O homem perde a saúde para juntar dinheiro, e depois perdem dinheiro para recuperar a saúde"
Será que toda essa inovação vale a pena mesmo? Será que realmente nos tornarmos felizes após conseguir comprar alguma coisa?
Num futuro distante eu vejo meus filhos obesinhos jogando video-game em casa, não querendo ver a luz do dia e nem respirar ar puro, porque até lá você conseguirá virtualizar isso tudo em um "click" e já estaremos no Caribe.

2 comentários:

  1. OI FERNANDA,

    PARABÉNS PELO BLOG

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  2. Você mencionou os jetsons. Mas será que daqui a algum tempo eles também estarão tão insatisfeitos como nós? Que sempre precisamos "avançar"?
    Um problema que nenhuma tecnologia pode solucionar é a satisfação humana. =\

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